quarta-feira, 19 de abril de 2017

Carta à autoestima

Durante muito tempo da minha vida (digo isso em proporcionalmente, até mesmo porque sou relativamente jovem em termos numéricos) eu não sabia da sua existência, autoestima.  De fato, posso contar nos dedos de uma mão há quanto tempo foi a sua aparição no meu cotidiano e como isso mudou minha vida. Por isso, venho aqui para enaltecê-la, querida amiga, e demonstrar toda gratidão que tenho por perceber como é bom tê-la por aqui.

Os que me conhecem um pouco melhor sabem da luta que eu tive durante anos contra mim mesma. Aquele clichê de que a pressão social impõe padrões estéticos e comportamentais me perseguiu durante tempo demais. A pior coisa que existia, pra mim, era ficar de frente ao espelho e notar tudo ali que não estava dentro desse padrãozinho (que é, na minha humilde opinião, muito pequeno e vazio frente à grandeza do ser humano). E essa luta perdurou anos. Sinceramente, não me lembro de momentos significativos da minha vida até pouco tempo atrás em que eu seguia de cabeça erguida, confiante do que eu realmente sou.

No meio disso tudo, percebi que é você, autoestima, que determina diversas outras coisas na vida: não é uma coisa puramente estética e não diz apenas ao externo – posso afirmar, com certeza, que isso é o que menos importa quando estamos confiantes com o que somos. O fato de eu ter me colocado pra baixo em todos os aspectos da minha vida (inclusive a própria escrita) vem desse histórico trágico, sendo que isso afetava até minhas amizades (meus amigos queridos podem confirmar isso, com toda a certeza do mundo). Talvez, dentre todos os danos, a vitimização exagerada tenha sido a que eu mais demorei para desapegar, porque é bastante claro, hoje em dia, que pouco importa em qual padrão você está inserido: basta apenas acreditar em si e mostrar isso para o mundo.

Mas, você deve estar se perguntando o porquê desse mega histórico de vida, permeado de discussões pouco pertinentes (não para mim). E a resposta é simples: só depois de passar por tudo isso que eu consegui me tornar quem eu sou e com a confiança que tenho em mim. No último ano, como você bem sabe, eu consigo andar de queixo erguido na rua e não me sinto mal por ser quem sou; também sei me valorizar como pessoa e entender que eu não devo me moldar ao ritmo de outros. Foi uma longa batalha (não completamente acabada, o que é bem óbvio – somos seres em constante mudança) que me rendeu um amor próprio que eu nem sabia da existência; e eu posso afirmar com toda a certeza do mundo: não existe coisa mais poderosa do que se amar.  E por isso tenho muito que agradecer.

Além disso tudo, venho te fazer um pedido, cara amiga: apareça na vida de todos (em doses moderadas – sabemos que você em excesso origina pessoas egoístas e mesquinhas). Eu queria ter uma varinha mágica para proporcionar a todos tudo de melhor que você me deu, todo esse bem estar de ser o que se é. Percebo, frequentemente, pessoas ao meu redor com dificuldades de se amarem e isso me gera aquele sentimento de impotência avassalador (principalmente pelo longo histórico de ET entre o meu círculo social).


Por isso, hoje me sinto bem por ser quem sou e, graças a você, não tenho mais medo de mostrar isso para o mundo. Afinal, às vezes é importante entendemos que nascemos para brilhar – e somente para isso.
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4 comentários:

  1. Bebella, estou emocionada. Parabéns pelo belíssimo texto, aliás, sempre soube desse teu talento, só faltava vc externá-lo. Te amo! <3

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    1. Ana!!!! Fico extremamente feliz pela sua presença aqui!!! Obrigada pelo carinho ❤

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  2. Adoreei!!! Por um mundo com mais autoconfiança! ;*

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    1. Gata, você é a embaixadora internacional da autoconfiança! Me inspiro muito em você! Obrigado pelo carinho e apoio

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